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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Maria Cecília Lobo

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---Esta é uma pequena homenagem a um grande espírito que conosco conviveu, dedicando-nos completamente toda aquela fugaz existência temporal.
---Maria Cecília Lobo, artista de grandessíssima sensibilidade, costumava colher nos recônditos mais profundos de si própria, bem como de permeio, em sanguíneos segredos de seres singulares desta fabulosa natureza mãe que nos circunda, a fonte de sua sublime inspiração, que devolvia-nos sempre em forma de arte/amor. Há algumas coincidências interessantes na sua biografia em comparação à de Leonie Ehret (que por sinal fora sua sogra) Maria Cecília tinha como principal atividade artística a Música, e como aquela, fora também virtuose pianista e professora de técnica instrumental durante toda sua vida. Pioneira no Ceará provinciano de meados do século passado foi aí que fundou sua escola de Artes que perdurou por quase toda sua vida. Da mesma forma que madame Leonie, Maria Cecília tinha a pintura como atividade secundária, mas, exercia-a com exímio talento tendo sido professora de pintura grandemente considerada.
---Deixou pequeno acervo do qual consegui salvar um só quadro. Que hoje, sob minha guarda, está a sete chaves. Sobre ele tenho a dizer que foi pintado durante temporada interiorana, bem distante da urbe, que, aliás, nunca lhe fez falta. Agradava-lhe enormemente o contato com a natureza e, durante este período dedicou-se a retratá-la. Fontes, cachoeiras, flora e fauna típicas da exuberante região serrana em que residiu, serviram-lhe de veículo para apaziguamento de sua ânsia criativa, enquanto o piano acalmava-lhe a alma irrequieta de artista de grande sensibilidade. Sobre a grande artista, posso dizer-lhes que longe estou de fazer uma análise leviana e inconsistente. Se afirmo sua magnitude como virtuose pianista, todos seus ex-alunos servem-nos de prova, quanto à pintura, bem, nesse caso ela fala por si própria. E por último, posso afirmar que ninguém a conheceu melhor, e tanta admiração por ela teve, e tanto compartilhou de seu amor, como eu próprio, sim, seu amado filho, o mais moço entre quatro, e que, graças a Deus, pude sorver durante toda uma vida, diretamente dessa fonte admirável que me dedicava extremada atenção e carinho.








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